A Crise da Geração Y por Bia Campolina

Subtitulo: a crise da geração que sofre de abstinência de videogame de manete e fliperamas.

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Querido diário, Porto Alegre 26 de agosto de 2016… NAOOOOO

Já há algum tempo tenho lido/visto muitos textos parecidos por aí. Tudo é sobre os trinta e poucos (até mesmo nesse blog meu leitor), mas sério, tudo é sobre como os trabalhadores da geração Y são infelizes e querem largar tudo, o quanto somos frustrados e ansiosos, o quanto somos miseravelmente infelizes por nos propormos sermos diferentes dos nossos pais mas no fim terminamos miseravelmente iguais (lê-se, muito piores).

Somos a geração criada sem pais dentro de casa. A grande maioria das mães e pais trabalhando na mais pura rotina mundial. No Brasil, na jornada de 40/44 horas semanais foi/é realidade nos mais diversos tipos de emprego possíveis. Uma coisa é certo, poucos pais ficavam o dia inteiro no computador, ou melhor, pouquíssimos dos nossos pais passavam a vida na frente de um algum tipo de ferramenta eletrônica “lobotizadora”. De fato, o equipamento mais moderno que a maioria deles usou foi uma HP 12C, isso se trabalharam com finanças.

O que acontecia na prática na maioria das famílias era, se seus pais tinham uma condição melhor, contratavam uma baba ou escola integral, ou ainda baba+escola integral+natação+bale+judo mais qualquer coisa para manter os filhos ocupados enquanto eu trabalho trabalho e trabalho. Quando estava de noite, as poucas horas que restavam eram gastas com videogames de manete, brincadeiras de boneca no chão, montagem de autorama, jogos da estrela e depois meu querido, cama, e era cama cedo porque o dia era cheio e estavam todos exaustos fisicamente.

Agora me diz, o que diabos você esta fazendo diferente disso? O Atari virou Facebook? O trabalho diário agora é digital e o que invarialmente te deixa mais disponível para responder e-mails do trabalho em seu celular enquanto faz carinho no seu filho que, obviamente, esta assistindo um desenho idiota qualquer no tablet.

Mas vamos imaginar que você seja o “diferentão”, que more sozinho, vende coco na praia, curte festas, liga pros seus pais as vezes, é seu próprio chefe enfim, vive a vida do seu jeito. Só que a noite, quando você não sai ou qualquer coisa que seja seu click, você se sente sozinho, queria ter alguém para compartilhar, queria qualquer coisa diferente… Até liga triste pra sua mãe (matar saudade as vezes é até bom), queria ter colegas de trabalho pra trocar aquela ideia vazia mas divertida, quem sabe até não encontraria seu parceiro pra vida toda no escritório. É, porque não? Em suma: mesmo vivendo assim, no final do dia, você também não esta feliz. No fim, nada, nem coisas, nem pessoas, nem mesmo você resolve, porque você não está feliz. Ponto final.

Largar tudo em busca de não rotina não é a saída. Não ter chefe não é a resposta. Divorcio não é a resposta. Mudar de cidade não te fará feliz. Ter seu carrão do ano, sua casa, nada disso te preencherá.

Lero-lero a parte, por favor, apenas parem de ler esses “textões” que explicam o sexo dos anjos, que provam teorias da administração que datam antes da era modernista, apenas parem. Que tal voltar um pouco pra dentro? Que tal largar toda essa confusão de fora e atentar para a confusão de dentro? Olha a ideia: organizar o interno reflete no exterior, a culpa não é dos seus pais, dos seus parceiros, ou mesmo sua. O problema muitas vezes é a preguiça generalizada de estarmos como se fossemos gente vazia que não quer se encher (crescer) e fazer diferença simplesmente porque é difícil ou mesmo causa dor.

O grande problema é você para de buscar do lado fora o que deveria ser resolvido dentro primeiro. Não tô falando aqui que a gente não precisa mudar e radicalizar as vezes, cada um sabe de si, só que esse também é um grande problema, ultimamente cada vez mais pessoas sabem menos de si mesmas. São desconhecidos se relacionando com desconhecidos, tornam-se cegos guiando outros cegos e isso nunca funcionou, nem na geração X,Y,Z ou qualquer outra letrinha que você queira escolher.

Vejam, não sou uma ignorante escrevendo em um blog num lapso de revolta qualquer, até aceito bem algumas teorias, principalmente as que levam em conta o pilar: pessoal, processo e tecnologia a sério (porque no final, é bem por aí mesmo). Eu estou falando que, você pode ser inteligente o quanto for, pode estar cheio de razão nas suas palavras, mas elas são bravejos ao vento se suas ações não foram baseadas em verdades profundamente tratadas em seu processo de conhecimento interno. Você com você mesmo precisa ser um caso de amor levado a sério, você precisa se conhecer. Não se esqueça que o processo é interno mas, Deus envia pessoas para nos ajudar, Ele coloca seus “anjos” no caminho. Entenda que ninguém estraga ninguém, consertamos a nós mesmo. E se você já está no caminho de conhecimento e ele está pesado, peça ajuda, você não precisa caminhar sozinho. 

Por fim, não ache que a solução está na porta da esperança do Sílvio Santos (que você com certeza se lembra dela que eu sei), não ache que sua vida profissional se resolvera com o caminhão do Faustão meu amigo. Apenas pare, reflita, busque conhecer a Deus em primeiro lugar e depois a si mesmo. Depois disso então, saia por ai fortalecido, seja para trabalhar , se relacionar, enfim ser feliz.  Ah, você pode também esperar a “morte da bezerra” e viver a famigerada crise da geração Y pro resto da vida se preferir. Última dica, não é fácil, não é bonito, você não fica inteiro mas, depois você se torna completo, então garanto que vale a pena. Chega de desculpas, apoie-se nas verdades, tenham confrontos pessoais internos e externos, não tenha medo.

Escolha ser feliz!

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